Desvendando os Livros Apócrifos e Suas Adições: O Que Você Precisa Saber
Explore a história e a importância dos livros apócrifos e suas adições ao Antigo Testamento. Descubra por que esses textos são considerados deuterocanônicos e como eles se relacionam com a Bíblia.
CONCÍLIO PASTORAL
Eliseu Ramos da Rocha
9/5/20232 min read
Os livros apócrifos, também conhecidos como deuterocanônicos, são um conjunto de sete livros que foram acrescentados à Bíblia no chamado Período Interbíblico, aproximadamente 400 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Durante esse período, não houve novas revelações de Deus aos homens, nenhum escrito inspirado por Deus e nenhum profeta se levantou para afirmar estar falando em nome de Deus. Os livros apócrifos foram incluídos na primeira versão do Antigo Testamento traduzida para o grego, que ficou conhecida como a Septuaginta ou a Versão dos Setenta.
Os sete livros apócrifos são Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1o Macabeus e 2o Macabeus. Além dos livros apócrifos, também houve acréscimos aos Livros canônicos de Ester (Ester 10.4 a 16.24) e Daniel (capítulos 13 e 14). Esses acréscimos foram feitos pelos tradutores da Septuaginta para dar conotação religiosa a esses textos e incluir o nome de Deus, especialmente no Livro de Ester, onde o nome de Deus não aparece.
Os judeus, no entanto, não consideram os livros apócrifos e as adições apócrifas como inspirados por Deus. Eles reconhecem apenas o Antigo Testamento como inspirado. O Antigo Testamento, para os judeus, é dividido em três partes:
A Torah ou a Lei: Também conhecida como a Lei de Moisés ou os Cinco Livros de Moisés, composta por Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Jesus faz referência a essa parte da Bíblia hebraica em vários momentos de seus ensinamentos.
O Nebiin, os profetas: Compreende 8 livros, que incluem Josué, Juízes, Samuel (1 e 2 Samuel), Reis (1 e 2 Reis), Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze Profetas Menores. Esses profetas são divididos em profetas anteriores (Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel) e profetas posteriores (Isaías a Malaquias).
O Quetubim (ou Kethubim), os Escritos: Contém 11 livros, incluindo Salmos, Provérbios, Jó, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações de Jeremias, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras e Neemias (juntos em um livro) e 1 e 2 Crônicas (também juntos em um livro). Jesus também faz referência a essa parte da Bíblia hebraica em suas palavras.
É importante observar que, na época em que Jesus esteve entre nós, o cânon do Antigo Testamento já estava concluído e consistia em 39 livros. A decisão oficial de que nenhum outro livro seria acrescentado à coleção de Livros Sagrados aconteceu em um concílio judaico na cidade de Jânia, na última década do primeiro século de nossa era. Esta coleção de 39 livros é reconhecida pelos judeus, pelos cristãos evangélicos e pelos cristãos ortodoxos como o Antigo Testamento canônico.